Viajar por essas bandas é conhecer uma cultura muito peculiar dentro da Espanha. Bilbao é terra dos grandes bancos e representa um papel forte nas indústrias. Cidade mais populosa do país Basco, é também conhecida pela ótima qualidade de vida que oferece. Pelas ruas da cidade se vê praças bem cuidadas, um sistema de transporte eficiente, uma juventude com consciência política sem violência e uma terceira idade animadíssima, onde damas e cavalheiros se encontram, muito bem vestidos, para o encontro de sábado à tarde com os amigos.
Habitantes de um cantinho entre a França e a Espanha, os bascos se consideram diferentes. A começar pelo idioma, euscara.
Oficialmente, são três as línguas faladas no país, espanhol, francês e euscara, a língua basca.
Sem nenhuma ligação com as línguas indo-europeias, decifrar a língua basca é tarefa árdua e se não fossem as placas escritas em espanhol espalhadas por toda a cidade, a vida de viajante seria bem difícil em Bilbao.
Em um passado onde o ditador Franco proibiu o uso da língua basca, fica fácil entender porque os bascos desejam tanto ter sua identidade respeitada. Considerada a verdadeira língua européia, euscara, é símbolo forte de independência e nacionalidade. Hoje, o idioma encontra na sociedade dinâmica e renascentista um espaço para seguir seu caminho em canais de tv, estações de radio e jornais.
Outro traço da cultura, bastante peculiar, é o esporte nacional. Competições de corte em madeira, arremesso de fardos e cabo de guerra são alguns dos esportes praticados por aqui. No verão, o mais famoso de todos e que pode ser visto em toda a região é a Pilota (Pelote Basque). É jogado com uma bola que é batida com a mão, uma raquete, um bastão de madeira ou uma cesta, contra uma parede ou, mais tradicionalmente, entre duas equipes frente a frente separadas por uma linha no chão ou por uma rede.
Bilbao é uma cidade culta, onde museus e festivais de rua são os grandes anfitriões da cidade. E se existe um lugar para estar e conhecer a cultura do cotidiano são os festivais. A maior festa da cidade acontece em agosto, a Semana Grande, a Aste Nagusia. Com extensa programação e muita coisa acontecendo para todos os lados, a festa é animada pelo desfile de bonecos gigantes e gente cantando em coros para onde olhar. Marijaia, personagem chave nas festas de Bilbao, é responsável por dar lugar a nove dias de atividade intensa. Assim, shows teatrais, algumas das melhores pirotecnias do mundo, competições gastronômicas, jogos para os mais pequenos e todo tipo de atividades acontecem em diferentes lugares da cidade, mas com epicentro nas ruas e praças de Casco Viejo e em ambos os lados da margens da Ria, onde também instalam suas “txosnas” (cabines com música, comida e bebida).
Outros dois eventos que valem a pena conferir são Bilbao BBKLive que rola todo ano no início de julho e o Internacional Jazz Festival, que acontece em Getxo, 25km de Bilbao e que traz à cidade grandes nomes do jazz.
O rei de todos é o Grande Peixe de Titânio, de Frank Gehry, construído em 1997 que se tornou o mais renomado centro de arte da Europa, o *Museu Guggenheim. O abraço protetor de Maman, a grande aranha de Louise Bourgeois localizado no lado de fora do museu mostra que o Guggenheim é atração de peso tanto no seu interior quanto do lado de fora. Incluir um passeio nos arredores vale muito a pena. Há espaço para tranquilas caminhadas, praças e parques infantis e claro, o grande e famoso terrier de begônia.
Se gosta do mundo das belas artes, complemente a sua visita indo até o Museu de Belas Artes (Complementa, e por vezes, supera o vizinho Gugenheim). Esculturas góticas, arte popular do sec. 20; El Greco, Goya, Van Dyck, Zurbarán e a arte basca de Jorge Oteiza e Eduardo Chillida você encontra lá.
* O Museu Guggenheim fecha às segundas.
A arquitetura da cidade também merece destaque. Construções modernas e pontes artísticas, com desenhos únicos, se apresentam para serem fotografados.
Ok, a boa reputação e dona dos holofotes (e com razão!) é San Sebastian, mas Bilbao tem seu lugar garantido com pintxos igualmente deliciosos e bem mais baratos. Longe da agitação de Donostia, há centenas de bares e restaurantes espalhados pela cidade que servem a tapa basca. Pelo balcão, os quitutes enchem os olhos, mas por mais apelo visual que eles tenham, quase sempre são ignorados. O motivo é que cada bar tem a sua especialidade e muitos clientes preferem pintxos preparados na hora.
Uma tradição peculiar é comer em pé em restaurantes minúsculos ou no máximo do conforto, em banquetas. Aqui é assim! Outro hábito é harmonizar os pintxos com sidra ou o copo baixo de cerveja, o zurito, há quem harmonize com um chiquito de um bom vinho tinto ou branco.
Na Plaza Nueva, a beira do Casco Viejo, há ótimas opções da cozinha em miniatura, com pintxos elaborados, bom atendimento e preço em conta. O Gure Toki é um deles, com ambiente descontraído, experimente de tudo, mas não deixe de incluir o pintxo de foie com manga e doce de framboesa.
Para uma pitada mais moderna tente o El Globo, o Txangurro gratinado é a boa pedida.
Outro muito elogiado e a 15 minutos de uma caminhada agradável do Guggenheim é o Bar Roma com ótimos pintxos e uma carta de vinhos de primeira.
Nos arredores da Administração Regional (Diputación) há também ótimas opções de bares e restaurantes, um deles é o La Vina del Ensanche, o Joselito, lombo de porco ibérico cozido por 12 horas vale a degustação. A super dica é reservar com antecedência, lota rápido.
Mas se o paladar cansou e sua cota de pintxos já excedeu tente a Casa Leotta e suas famosas pinsas, uma espécie de pizza alongada muito saborosa. Originalmente elaborada por camponeses romanos a receita mistura água, cereais, sal e ervas aromáticas, obtendo uma massa macia e deliciosa aquecida na brasa. O cardápio de cervejas artesanais merece destaque e a localização? Bem, fica próximo ao Museu Guggenheim, perfeito para fechar com chave de ouro o passeio do dia.
Outra dica é o Ad hoc Cascanueces, um restaurante que serve de comida basca a japonesa, passando por temperos latinos.
Para provar o famoso Txuleta Basca, o t bone steak o Nido Bilbao é uma boa pedida.
E se pensa na pausa para o café, tente o simpático El Tilo de Mami Lou.
Conheça os principais pratos da culinária basca e acerte no pedido.
Txuleta Basca: é o famoso T-Bone americano.
Carrilleras: bochechas, de vaca ou de porco, geralmente preparada com molho de sabor acentuado.
Tarteleta de txangurro: o txangurro é um caranguejo gigante, conhecido como centolla. Aparece em várias receitas de pintxos. A mais famosa é a tarteleta, um barquinho de massa recheado com creme à base de txangurro.
Queijo idiazábal: feito de leite de ovelha, é o mais famoso do País Basco.
Manitas de cerdo: uma iguaria que muitos bascos adoram, mãos de porco.
Kokotxa: servido com molho, essa iguaria consiste no corte do papo da merluza ou do bacalhau. Serve-se com molho.
Impregnada pela história e arquitetura que ainda continuam vivos na animada cidade de Bilbao, há muito para ver em Casco Viejo e arredores, mas algumas experiências são obrigatórias na sua passagem pela cidade.
Anote aí as atrações imperdíveis.
Construído para revitalizar a área portuária de Bilbao, o Museu Guggeheim é hoje considerado um centro renomado de arte em toda a Europa. Off to Travel ©
Localizado no bairro central de Indautxu, o parque, até um tempo atrás, era o único “pulmão” da cidade. Ótimo para caminhadas e passeios em família. Na Semana Grande, é palco de muitas atrações para os pequenos. Off to Travel ©
Pertinho do Museu Guggenheim, o museu abriga coleções da arte clássica como El Greco, Murillo e Van Dicky; a arte basca de Ignacio Zuloago e Jorge de Oteiza e a arte contemporânea de Francis Bacon. Uma visita que complementa, e por vezes, supera o vizinho Guggenheim. Off to Travel ©
Muito frequentado em dias chuvosos ou para passar o tempo, esse museu poderá te surpreender. A exposição retrata a relação dos bascos com o mar levando o viajante a um tour bastante interessante. Os modelos de playmobil para explicar às crianças diferentes eventos marítimos dos bascos é um ponto de destaque. Off to Travel ©
Para informações sobre horários e tarifas acesse: Museu Martitimo Bilbao
Las Siete Calles ou Casco Viejo em espanhol ou Zazpi kaleak ou Alde Zaharra em basco são nomes diferentes para o bairro medieval de Bilbao, parte do distrito de Ibaiondo. O contraste do moderno e do antigo às margens de um mesmo rio rende boas fotos. Com uma caminhada de um pouco mais de um quilômetro, vai-se do Guggenheim ao Casco Viejo. Ali as ruelas antigas são repletas de lojas, bares e restaurantes; local alegre onde se pode ficar por horas sem ver tudo. Reserve um tempo no seu roteiro, incluindo uma refeição, para aproveitar o clima desse local. Off to Travel ©
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